A alta é motivada, principalmente, pelo reajuste dos salários de funcionários - dissídio coletivo da categoria estabelece como reajuste salarial a reposição da inflação mais 2% de aumento real.
As escolas têm até o dia 10 de dezembro para definirem o reajuste de mensalidades para 2015.
Outros fatores entram no cálculo do valor mensal, segundo o presidente do sindicato dos estabelecimentos de ensino no estado de São Paulo (SIEEESP), Benjamin Ribeiro da Silva.
Ele esteve na região para uma reunião com as escolas para discutir o reajuste anual, as perspectivas econômicas e a inadimplência no setor.
Ele considerou esse um ano complicado, com elevação da folha de pagamento, alta na energia, na tarifa da água e no aluguel. Tudo entra no cálculo final.
Segundo a diretoria regional do SIEEESP, as escolas precisam tomar cuidado na hora de decidir pelo índice de reajuste das mensalidades. O valor decidido tem que ser muito bem pensado, já que valerá por um ano.
Não pode ser muito alto para não assustar os pais, mas também não pode ser muito baixo que não seja capaz de cobrir os gastos do estabelecimento.”
Para os pais que estão prestes a renovar contrato ou escolher uma escola nova para seus filhos, a associação brasileira de defesa do consumidor (proteste) aconselha prestar atenção a questões como os gastos que vão além da mensalidade, como material didático, uniforme, deslocamento com transporte, taxas para passeios, alimentação, entre outras.
O ideal, segundo a proteste, é que o gasto total não ultrapasse 10% da renda mensal por estudante.
Além disso, o contrato deve prever, ainda, a devolução de parte do valor pago em caso de desistência da vaga antes de começar o ano letivo.
A proteste aconselha que verifiquem, porém, os prazos fixados pelas instituições de ensino para devolução de parte dos valores pagos nestes casos. Pode ser cobrada multa pelo cancelamento, desde que prevista em contrato e limitada a 10%.
O sindicato dos estabelecimentos de ensino no estado de São Paulo (SIEEESP), apresentou a inadimplência nas escolas particulares da região. Durante 2014, com exceção do mês de maio, todos os outros registraram altas nos índices de inadimplentes.
Em julho, último mês divulgado, a média de inadimplência na região chegou a 8,77%, a segunda maior do estado de São Paulo, atrás apenas da de São José dos Campos (9,76%), e acima da média estadual, que ficou em 7,31%.
O índice também foi maior que o registrado em julho de 2013, quando a inadimplência média era de 7,98%.