Os consumidores que precisaram comprar um botijão de gás de cozinha foram surpreendidos em Fernandópolis.
A Petrobrás anunciou o reajuste de 15% no preço médio do gás IP, o gás de botijão, em suas refinarias, como informou o Sindicato Nacional das empresas distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (Sindigás), em nota oficial, e isso já foi repassado imediatamente pelos revendedores da cidade.
Mas a alta não deve parar por aí. Além dos 15% autorizados pela Petrobrás, o gás de cozinha deve ter o reajuste de mais 10% até o próximo final de semana, motivado pelo reajuste dos salários dos trabalhadores da categoria.
No total, o reajuste do gás de cozinha em Fernandópolis até agora é de 22%, o que representa alta de R$ 10 no preço final para o consumidor. Até segunda-feira (31), o botijão era vendido ao preço médio de R$ 45 em Fernandópolis.
A partir de agora, o refil do botijão de gás será vendido R$ 55 na maior parte dos estabelecimentos.
Embora a Petrobras tenha feito o primeiro reajuste desde 2002, esse é o segundo reajuste do botijão em 2015. Normalmente, o produto tem seu preço elevado apenas nessa época do ano, quando há o dissídio dos trabalhadores do setor. Entretanto, nesse ano, os revendedores aumentaram em aproximadamente 5% o preço do gás em março, utilizando como justificativa a alta do óleo diesel e a elevação nos custos com pedágios.
De acordo com os revendedores o novo reajuste será feito apenas dentro dos limites necessários, mas pode acontecer de alguns revendedores de Fernandópolis ainda terem no estoque botijões comprados pelo preço anterior, o que permite a eles vender um pouco mais barato por um tempo.
Além do impacto direto no orçamento das famílias, a alta no gás também terá efeito no consumo de alimentos fora do lar. Toda a cadeia de produção que depende do gás para sua produção terá que repassar essa alta.
Por isso, restaurantes deverão reajustar seus preços, indústrias que usam o gás para a produção de alimentos também. E não há muita opção, afinal, utilizar forno elétrico, por exemplo, também não compensa por causa do preço da energia.