Foto: Reprodução internet |
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Suspeita de febre amarela ser a causadora da morte de um operário de 38 anos |
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Além de conviver com a gripe suína, a dengue, a Zika e a Chikungunya - os três últimos transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti, a região passa a lidar agora com mais uma ameaça grave: a febre amarela. Um homem morreu em Bady Bassit com suspeita da doença.
A Secretaria Estadual de Saúde mandou técnicos à cidade ontem terça-feira, dia 3, para investigar a suspeita de febre amarela ser a causadora da morte. A vítima é um operário de 38 anos. O nome é mantido em sigilo pela prefeitura local.
Caso é preocupante, porque a doença é infecciosa e pode ser transmitida também pelo Aedes Aegypti. O mosquito é o transmissor na área urbana. No ambiente silvestre, o transmissor é o mosquito Haemagogus. Ambos transmite a doença quando estão contaminados pelo vírus Flavivirus.
O operário teria morrido no dia 8 de abril, mas somente ontem terça feira, dia 3, exames do Instituto Adolf Lutz, detectaram indícios da doença no homem, que é morador de Indiaporã.
Novos testes serão feitos para confirmação da febre amarela. Segundo o prefeito de Bady Bassitt, Edmur Pradela, o operário era funcionário de uma construtora responsável pela construção de escola municipal.
O prefeito disse que ontem terça-feira, vieram equipes da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) e da Vigilância Sanitária, que se reuniram com a equipe de saúde da prefeitura para discutir a investigação desse caso e como serão combatidos focos do transmissor.
A coordenadora de vigilância sanitária do município, Lilian do Nascimento, afirma que há suspeita de que o operário tenha sido contaminado por febre amarela silvestre, ao andar pela zona rural da cidade. Segundo ela a equipe da prefeitura está verificando as matas que ele frequentou para ver se localiza focos do mosquito transmissor.
Os casos de febre amarela ou malária são muito raros na região urbana. O professor de epidemiologia da faculdade de medicina de Catanduva Ricardo Santaella Rosa afirmou que, apesar de a febre amarela estar extinta na zona urbana desde a década de 1940 no Brasil, é preciso muito cuidado com o risco de o mosquito urbano ser contaminado com vírus da doença.
Segundo ele, se uma pessoa é picada pelo Haemagogus contaminado, a doença pode ser transmitida caso a mesma pessoa seja picada pelo Aedes Aegypti. A partir deste ponto, há o risco de uma epidemia urbana.
É mais uma preocupação para a população da região noroeste do Estado de São Paulo, que vem sofrendo com doenças graves como a gripe que faz muitas vítimas por todos os cantos.