Em Catanduva, foram três, em Fernandópolis, dois, e em Araçatuba, dois.
Para que esse número cresça ainda mais, a equipe do HB fez uma série de cursos de capacitação em hospitais da região. Faltava instrução, mas a educação continuada tem resultado. muitas pessoas da rede de saúde têm dúvidas, mas esse cenário vem mudando.
Na semana passada, por exemplo, tivemos um doador de rim em Fernandópolis.
Segunda-feira 15/09, o catanduvense Bruno Farias de Oliveira, 19 anos, morreu depois de cair e bater a cabeça durante uma crise convulsiva. O luto e a tristeza, porém, não impediram um gesto de extrema solidariedade por parte da família, que decidiu fazer a doação de todos os órgãos do jovem e com isso, permitir vida nova a pelo menos cinco desconhecidos.
Médicos conseguiram captar coração, pulmão, fígado, rins, córneas e ossos, depois de uma força-tarefa envolvendo profissionais do instituto do coração (INCOR), da santa casa de São José dos Campos, banco de ossos de Marília e hospital de base de Rio Preto.
A ação ainda contou com auxílio do helicóptero águia, da polícia militar, e um jato fretado. Os órgãos foram levados até o aeroporto de Rio Preto.
De lá, a partiram em direção aos seus receptores. Os primeiros a seguir viagem foram coração, pulmão e fígado. Os dois primeiros, levados para o INCOR de São Paulo. O segundo, à santa casa de São José dos Campos. todos em voo fretado.
Os ossos foram encaminhados ao banco de ossos de Marília. Já os rins e córneas seguiram para o HB. As córneas ficarão no banco de córneas e o receptor dos rins ainda não havia sido definido até o fechamento desta edição.
De acordo com o médico responsável pelos transplantes, João Vitor Piccolo, o órgão ainda passaria por testes de compatibilidade para definição quem seria o transplantado.
Assim que a família Bruno Farias de Oliveira autorizou a doação, os médicos iniciaram uma corrida contra o tempo para a retirada dos órgãos, por volta de 13 horas.
O coração e o pulmão foram os primeiros a ser captados. Precisavam ser transplantados em até 4 horas. De acordo com o médico João Vitor Piccolo, essa é a primeira captação de coração e pulmão em Catanduva.
Já fizeram outras captações, mas essa é a primeira desses dois órgãos. é muito importante que esses hospitais continuem esse trabalho.
No caso do fígado, o tempo máximo de permanência fora do corpo é de 12 horas. Rins resistem até 36 horas. Já as córneas podem permanecer armazenadas por até 7 dias em ambiente especial para esse tipo de órgão.