Foto: Reprodução internet |
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Médico Luiz Henrique Semeghini |
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O médico Luiz Henrique Semeghini, assassino confesso da mulher, Simone Maldonado, há exatos 15 anos, chegou ao fórum de Fernandópolis às 9h. Cabisbaixo, entrou no salão do júri, onde ocorre o julgamento que deve se estender até as 20h.
Por volta das 8h30, cerca de 150 pessoas já faziam fila em frente ao fórum para acompanhar o julgamento. O salão do júri tem capacidade para cem pessoas.
Após polêmicas e diversas manobras protelatórias, a expectativa da família é de que Semeghini seja condenado pelo assassinato de Simone.
Alberto Zacharias Toron, advogado de Semeghini, chegou ao fórum por volta das 8h30 e não quis falar com a imprensa.
Quinze jurados foram convocados, dos quais foram sorteados sete pelo juiz Vinicius Castrequini Bufulin para participar do júri.
A primeira testemunha a ser ouvida foi o irmão da vítima, o médico Ralf Maldonado, por volta das 10 horas da manhã.
Semeghini será julgado por homicídio qualificado (uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Em 2008, ele foi condenado a 16 anos de reclusão pelo crime, mas o júri foi anulado pelo tribunal de justiça (TJ).
Desde então, outras duas tentativas de realizar o júri foram fracassadas: em janeiro de 2014, devido a uma liminar do supremo tribunal federal (STF), e em agosto último, quando o advogado do médico não compareceu ao julgamento.
Na última segunda-feira (05), o TJ negou três pedidos de Toron para que o juiz do caso fosse substituído, recursos chamados “exceção de suspeição”.
O mesmo tribunal havia negado liminar para retirar o julgamento de Fernandópolis. O mérito do pedido não foi julgado. Há ainda um Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que seja retirada a qualificação do homicídio. Nenhum dos dois recursos deve ser julgado até o júri.