Foto: Reprodução internet |
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Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitaram ontem, uma nova denúncia contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com isso, Cunha se torna réu da Operação Lava Jato pela segunda vez.
Nesta ação, Cunha será julgado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de dividas e falsidade ideológica com fins eleitorais.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, Cunha abasteceu contas secretas no exterior com dinheiro desviado da compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África, em 2011.
Segundo Janot, Cunha recebeu 1,3 milhão de francos suíços (cerca de 5,2 milhões de reais) em propina, valor que teria sido gasto pela família do deputado em lojas e restaurantes de luxo no exterior.
O ex-ministro do planejamento do governo Lula e das comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília. Ele é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Carlos Gabas, ex-ministro da previdência do governo Dilma, teve a casa alvo de busca e apreensão.
Inicialmente, a PF informou que Gabas teria sido alvo de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada a depor. No entanto, o juiz que autorizou o mandado disse que Gabas deveria ser informado pelos policiais que teria o direito de ficar em silêncio e, nesse caso, não seria obrigado a ir para a delegacia prestar depoimento. Como Gabas disse que não falaria com as autoridades, pôde ficar em casa.
Ainda na Operação, um mandado de condução coercitiva foi para o jornalista Leonardo Attuch, que administra o blog Brasil 247. Ele já havia aparecido nas investigações da Lava Jato como suspeito de ter recebido dinheiro por serviços não executados.
Há ainda um mandado de prisão preventiva para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que, condenado na Lava Jato, está preso desde 2015. Outro ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, também tem mandado de prisão. Ele é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo.
Entre os que têm mandado de prisão também está Valter Correia, secretário de gestão do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo. Além das prisões relacionadas ao PT, policiais federais foram à sede do partido no centro de São Paulo. Os presos e o material apreendido serão encaminhados à sede da Polícia Federal, na capital paulista.
A PF informou que o objetivo da operação, batizada de Custo Brasil, é apurar o pagamento de propina referente a contratos de prestação de serviços de informática no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Ainda sobre a Lava Jato, o empresário Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado morto na noite ontem, em um motel no bairro de Sapucaia, em Olinda, região metropolitana do Recife. De acordo com a Polícia Federal (PF). Morato era considerado foragido pela PF desde terça (21), quando foi deflagrada a operação turbulência.
Ainda não se sabe a causa da morte de Morato. A delegada Gleide Ângelo deixou o motel por volta das 23h10 de ontem, dizendo apenas que não poderia passar nenhuma informação no momento. O carro do empresário foi encaminhado para o Departamento do Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em conversa com um Policial Civil, o site g1 apurou que o corpo não tinha sinais de violência. Ele foi encontrado em cima da cama, junto com os documentos, R$ 3 mil e um relógio avaliado em R$ 10 mil reais.
A equipe do Instituto de Criminalística (IC) também esteve no local, mas os peritos não quiseram dar entrevista à imprensa. A delegada Gleide Ângelo que está investigando o caso só disse que ainda vão ser feitos exames adicionais, então não pode falar nada no momento. A polícia disse que no momento certo dará uma entrevista coletiva.