Foto: Reprodução internet |
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Boliviano disse que ainda não sabe por que a esposa tomou a atitude de denúncia-lo |
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A criança que tinha sido sequestrada pelo pai boliviano na semana passada foi devolvida para a mãe, em Fernandópolis. O caso estava sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher e a polícia tinha dado prazo até ontem para devolução amigável da menina.
Segundo a mãe da criança, a médica brasileira Karoline Emília Marqui Pegaiani, de 26 anos, o pai da menina, o advogado boliviano Gonzalo Azero, ficou assustado com a repercussão do caso.
Por outro lado, o pai nega que tenha sequestrado a própria filha. Ele disse que apenas levou a menina para o enterro do avô, Mário Lucio Azero Sazetena, de 91 anos, em Cochabamba, já que não havia ninguém aqui em Fernandópolis que pudesse ficar com Izabella, já que a mulher estuda e trabalha.
Ele ainda negou que esteja separado da esposa, esclarecendo que mora na cidade com a estudante de medicina Karoline Pegaini, de 26 anos, desde o início do ano, para que ela faça complementação dos estudos e a residência médica na Unicastelo.
Karol, como é conhecida, é natural de Caceres-MT e se formou em medicina em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde conheceu Gonzalo e após alguns meses de namoro acabou engravidando.
O casal tem bens e residência fixa na Bolívia e já vivem juntos há 7 anos. A criança, que tem apenas 6 anos, estuda em Fernandópolis e vive com o casal. O boliviano disse que recebeu a notícia do falecimento do avô e tinha que ir ao enterro.
O pai afirmou que pediu para a Karol ir também, mas ela não quis, então ele disse que levaria a menina, mas a mulher não acreditou.
Gonzalo fez a mala com algumas roupas, passou na escola, pegou a menina e seguiu viagem até a Bolívia. Faltando apenas 30 minutos para chegarem em Santa Cruz, Karol teria ligado dizendo que iria na polícia e comunicaria o sequestro. Porém, Gonzalo disse que já havia viajado mais de 10 horas e que não voltaria até Fernandópolis, depois de tanto tempo de viagem, e ele também perderia o velório do seu pai.
A mãe dele também ficou internada decorrente da perda do marido. Os fatos foram comprovados por meio da apresentação da certidão de óbito e publicação de comunicado de falecimento no jornal Los Tiempos na data de 17 de agosto.
O pai da criança prestou depoimento na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) onde apresentou todas as provas, sendo acompanhado pelo advogado Reinaldo Cangueiro. Ele ainda ressaltou que ama Karol, e não quer se separar dela. O boliviano disse que ainda não sabe por que a esposa tomou essa atitude com ele, e vai dar um tempo para que ela esfrie a cabeça, para que o casal possa resolver a situação.
O casal tem planos de ficar em Fernandópolis até o final do ano, quando Karoline concluirá a residência médica. Depois, eles retornarão à Santa Cruz de La Sierra.